Já discorremos sobre as diferenças básicas do
pensamento de Freud e Jung, em um post
anterior: http://www.aacademiadoconhecimento.blogspot.com.br/2012/06/principais-diferencas-no-pensamento-de.html.
Neste post vamos discutir os pontos de vista opostos
com relação à religião.
Alguns dos escritos de Freud sobre a religião são:
§ "A religião é uma ilusão que deriva sua força do fato de que ela atende aosnossos desejos instintivos." - Sigmund Freud, Novas Conferências Introdutórias sobre Psicanálise, 1933.
§ "A religião é comparável a uma neurose da infância." - Sigmund Freud, O Futuro de uma Ilusão, 1927
§ A religião "é uma tentativa de obter controle sobre o mundo sensorial em que são colocados, por meio do desejo no mundo, que nós desenvolvemos dentro de nós como resultado de necessidades biológicas e psicológicas. [...] Se alguém tenta atribuir à religião seu lugar na evolução do homem, não parece tanto ser uma aquisição duradoura, como um paralelo à neurose que o indivíduo civilizado deve passar em seu caminho desde a infância até a maturidade. "- Sigmund Freud, Moisés eo monoteísmo, 1939
§ "A coisa toda é tão patentemente infantil, tão estranha à realidade, que para qualquer pessoa de bem é penoso pensar que a grande maioria dos mortais nunca será capaz de superar essa visão da vida. É ainda mais humilhante descobrir como um grande número de pessoas vivendo nos dias de hoje, que não pode deixar de ver que essa religião não é defensável, e tentam defendê-la peça por peça em uma série de ações de retaguarda lamentáveis" - Sigmung Freud, Civilização e Seus Descontentes, 1930
§ "A religião é uma ilusão que deriva sua força do fato de que ela atende aosnossos desejos instintivos." - Sigmund Freud, Novas Conferências Introdutórias sobre Psicanálise, 1933.
§ "A religião é comparável a uma neurose da infância." - Sigmund Freud, O Futuro de uma Ilusão, 1927
§ A religião "é uma tentativa de obter controle sobre o mundo sensorial em que são colocados, por meio do desejo no mundo, que nós desenvolvemos dentro de nós como resultado de necessidades biológicas e psicológicas. [...] Se alguém tenta atribuir à religião seu lugar na evolução do homem, não parece tanto ser uma aquisição duradoura, como um paralelo à neurose que o indivíduo civilizado deve passar em seu caminho desde a infância até a maturidade. "- Sigmund Freud, Moisés eo monoteísmo, 1939
§ "A coisa toda é tão patentemente infantil, tão estranha à realidade, que para qualquer pessoa de bem é penoso pensar que a grande maioria dos mortais nunca será capaz de superar essa visão da vida. É ainda mais humilhante descobrir como um grande número de pessoas vivendo nos dias de hoje, que não pode deixar de ver que essa religião não é defensável, e tentam defendê-la peça por peça em uma série de ações de retaguarda lamentáveis" - Sigmung Freud, Civilização e Seus Descontentes, 1930
Estas declarações mostram que Freud tinha uma visão
materialista do mundo, e considerava a religião como uma ilusão para manter as
massas felizes, muito em linha com o pensamento comunista. Diga-se, a bem da
verdade, que Freud não simpatizava com o comunismo.
De acordo com Jung, a alma humana precisa de
religião para viver uma vida psicologicamente significativa. Em oposição ao
pensamento de Freud, Jung considerava a religião extremamente importante. Ele afirmou
que não conhecia qualquer pessoa de meia-idade sofrendo de depressão (o que os
povos primitivos chamavam de perda da alma), que tenha conseguido se recuperar
sem tomar uma posição espiritual, mesmo que esta não envolvesse uma igreja
estabelecida. Na verdade, ele sugeriu a vários de seus pacientes um retorno a
sua religião da família.
Jung foi considerado um místico por alguns, um
gnóstico por outros, um inimigo da igreja por muitos, um amigo por outros. Ele
escreveu vários livros e artigos sobre o assunto, e seu grande interesse o
levou a estudar as religiões orientais, Alquimia, Gnosticismo e Cristianismo. Ele
enfatizou que não era um teólogo, mas um psicólogo empírico tentando entender a
psique dos seres humanos.
Jung afirmava que os símbolos que sustentaram o
mito cristão estavam evelhecendo, e que o Vaticano devia tomar medidas para renová-los.
Jung tentou influenciar alguns padres, como seu
amigo Padre White, um teólogo que rompeu com ele quando Jung escreveu
"Resposta a Jó". Este livro foi duramente criticado por muitos
teólogos que ocupavam posições de destaque na hierarquia da Igreja Católica,
pois defendia a tese da Evolução de Deus, discutida em nosso post: http://www.aacademiadoconhecimento.blogspot.com.br/2012/06/evolucao-de-deus.html
Neste importante trabalho, Jung afirmou que, após a
discussão com Jó, Deus teve que encarnar como um ser humano, Jesus, para evoluir,
para ganhar mais consciência. Embora Jung tivesse o cuidado de explicar que ele
estava falando sobre a imagem de Deus que os seres humanos tem em suas psiques,
a Igreja não aceitou as suas ideias e os esforços de aproximação de Jung falharam.
Como resultado, a influência da Igreja continua a diminuir, de tal forma que no
mundo de hoje, altamente materialista, o Deus recém-entronizado é o dinheiro, ou
o ouro.
Jung era frequentemente acusado de místico por seus
detratores, enquento ele persistia em afirmar que era apenas um psicólogo
empírico. Era Jung um místico? Este é o tema do post: http://www.aacademiadoconhecimento.blogspot.com.br/2012/04/era-jung-um-mistico.html.
Você concorda? Venha discutir essas idéias e
movimentar nosso blog que objetiva disseminar as ideias de Jung e a psicologia
analítica tão esquecida pelas nossas universidades. Você está convidado a fazer
seus comentários.
Roberto Lima Netto, autor de "O Pequeno Príncipe
para Gente Grande" e "Os Segredos da Bíblia", ambos já editados
nos Estados Unidos www.amazon.com/author/rlimanetto
Jung é complexo...denso e desafiador...seus estudos são atuais e servem ainda hoje como reflexões para compreensão do nossos enigmas existenciais...
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